
Atuação do estado ao longo do desenvolvimento econômico brasileiro
Fase agroexportadora
Essa fase foi marcada por forte presença governamental. Nessa época, praticamente todas as atividades desenvolvidas no império português sofriam a intervenção do governo. Para exercer tais atividades, fazia-se necessária a autorização régia, ou elas eram administradas diretamente pelo governo metropolitano. Além do mais, algumas dessas atividades eram objetos de concessões de privilégios. E esses privilégio e direitos especiais foram em parte mantidos.
A república velha é tida por muitos como um período liberal, em que a presença do estado foi pouco pronunciada. O governo em associação com alguns grupos envolvidos nas transações com o café atuou fortemente sobre esse mercado.
Nessa época, o banco do Brasil tornou-se o principal banco nacional a fazer frente aos bancos estrangeiros aqui instalados. Ainda no setor financeiro é importante destacar a emergência, já nos anos 20, dos bancos públicos estaduais, com papel importante no financiamento agrícola regional.
Quanto ao apoio a industrialização, especialmente depois da primeira Guerra Mundial, a política econômica, apesar de não ser industrializante procurou dar atenção maior ao setor, por meio de empréstimos subsidiados e proteção tarifária.
A intervenção governamental crescente ao longo da republica velha, tinha o sentido de adotar a economia nacional de maiores mecanismos de defesa, frente aos problemas da economia internacional, particularmente sentidos em uma economia dependente da exportação.
O estado no processo de industrialização
A partir dos anos 30 e especialmente depois da segunda guerra mundial, o sentido de intervenção do estado brasileiro passa a ser o de alterar o próprio modelo de desenvolvimento do país, buscando superar as características agroexportadoras de nossa economia e apoiando decididamente o processo de industrialização.
Os quatro espaços de atuação do estado:
Estado condutor, estado regulamentador, o estado produtor e o estado financiador.
O estado nos governos militares
Basicamente não houve alterações no papel do estado nos governos militares dentro do processo de desenvolvimento. As reformas implementadas no início dos governos militares, ampliaram a própria capacidade de se financiar. Este se ampliou por meio de uma grande reforma tributária, das reformas monetárias e financiaras que permitiram o financiamento público interna, da trabalhista que acabou por criar dois fundos parafiscais em complementação ao sistema de aposentadoria, o fundo de garantia e o PIS-pasep.
Alterações ocorridas nas últimas décadas
De forma geral, pode-se dizer que as reformas promovidas na gestão estatal nos últimos anos foi o desmonte de boa parte das institucionalidades montadas desde os anos 30. Tomando novamente os espaços de atuação anteriormente destacados. O estado atuava como condutor das atividades econômicas, as condições atualmente existentes de fazê-lo são bem menores e, apesar de o estado ainda deter alguns instrumentos no sentido de promover determinados setores ou atividades, percebe-se que estes são muito menos utilizados do que anteriormente.
Percebem-se duas linhas de ação nas reformas do estado em curso:
*Tentativas de racionalização e controle financeiro e administrativo do setor público nacional;
* redefinição do papel do estado na economia e privatização de empresa pública.
Reformas constitucionais: Lei de responsabilidade fiscal
Privatização
Junto com o programa nacional de desestatização o Brasil entrou num processo de privatização, que teve inicio dos anos 80, mas só se mostrou mais dinâmico na década de 90. Podemos levantar algumas razões:
• Ineficiência das empresas públicas
• Diminuição da capacidade estatal em fazer os investimentos necessários à manutenção e da ampliação dos serviços e atualização tecnológica das empresas.
• Necessidade de gerar receita
Na década de 70 e 80, a se endividarem fortemente para atender a demandas macroeconômicas e, ainda nos anos 70, mas também nos anos 80, as tarifas efetuadas pelas empresas eram controladas e usadas política de controle inflacionário.
Alguns anos após a crise da dívida externados países em desenvolvimento. O sistema financeiro internacional reage a tais crises por meio de
• Aumento da concorrência, perda de importância do setor bancário, crescimento dos investidores institucionais
• Liberação e globalização financeira
• Inovação financeira
Divisão da privatização do Brasil
• Ao longo dos anos 80, a reprivatização, quando foram vendidas as empresas estatais
• Entre 1991 e 1992. Criação do PND
• Entre 1993 e 1994, nova fase da privatização com alteração no em parte de seus aspectos
• De 1995 em diante, período que inclui boa parte das empresa ligadas a concessão de serviço público.
Em termos de ganhos de eficiência microeconômica, ainda é cedo para fazer uma avaliação, mas existe grande inquietação quanto a esse ponto, dadas as dúvidas quanto a regulamentação dos setores que foram privatizados, especialmente os de serviços públicos
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