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Fetichismo da mercadoria

O trabalho é o componente que forma o valor das coisas, as mercadorias utilidade, portanto tem valor de uso, e as mercadorias também tem valor de troca, valor esse medido pelo trabalho composto para chegar ao produto final. Isso se deve ao tempo de trabalho para produzir determinado objeto conhecido como trabalho objetivado (concreto) onde não se tem comparação, o trabalho produzido por um homem também pode ser medido, essa medição se deve às convenções sociais estabelecidas na sociedade, onde o trabalho de um determinado profissional é mais bem remunerado do que outro isso é o trabalho abstrato. Para a sociedade capitalista moderna o que importa é o valor de troca das coisas e não o valor de uso, pois assim surge o fetiche da mercadoria onde há a humanização dos objetos, onde o homem se torna apenas um objeto, mais descartável. Esse fetichismo da mercadoria é dado a um objeto que se atribui um poder “sobrenatural” e que se presta culto, isso é o que mais chama minha atenção, por que nós acumulamos e desejamos coisas, sem ao menos pensar nas condições que as levaram até mim, e se aquele objeto vai ser realmente útil para meu uso. O homem valoriza tal objeto com endeusamento, assim as pessoas se vêem necessitadas do consumo dessa mercadoria, a produção passa a ser autônoma da vontade humana, passamos a produzir não objetivando as vontades dos outros, mas na satisfação dos valores dos interesses do capital. Ou seja, produzimos mais que os humanos precisam, a produção é em massa e passamos a ocultar o caráter social do trabalho é ocultado, o trabalhador que a produzi-o não se identifica no objeto final no qual ele fez parte de alguma etapa na produção, as ações desse trabalhador ficam ocultas para quem lá na frente venha a obter essa mercadoria. Ocorre uma inversão, o homem que produz o objeto é praticamente dominado por sua criação, o objeto que é criado se torna sujeito da relação, e o sujeito se torna manipulável pelo próprio objeto, a coisificação.

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